Laboratórios incompletos e parados nas escolas estaduais
Por Redação Publicado 6 de fevereiro de 2017 às 08:33

Laboratórios de Física, Química, Biologia, Matemática e Informática, com instalação incompleta, estão sem uso em diversas escolas da Rede Estadual de Educação (REE), em Mato Grosso do Sul. Somente em Campo Grande duas unidades em diferentes bairros estão com os prédios fechados por falta de equipamentos.

Na Escola Estadual Thereza Noronha de Carvalho, no Parque do Lageado – um dos bairros mais carentes da Capital – cinco salas não funcionam desde que tiveram a obra concluída há pelo menos três anos. Os laboratórios de Física, Química, Biologia, Matemática e Informática nunca receberam alunos.

Apenas uma sala de informática com 14 computadores está e operação, mas não é suficiente para atender os aproximadamente 1,1 estudantes que se dividem em 12 salas de aulas nos três períodos – matutino (5° ano do Ensino Fundamental ao 3° ano do Ensino Médio), vespertino (1° ao 5° ano do Ensino Fundamental) e noturno (1° ao 3° ano do Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos – EJA).

“A outra sala tem 18 máquinas, mas não está funcionando porque não tem internet lá, então fechamos. E os outros laboratórios nunca funcionaram mesmo, não tem equipamentos e nem materiais. Os de biologia e química precisam de vidros, insumos, e nunca tiveram nada e também não tem previsão de ter, porque essas coisas tem custo alto e permanente”, explicou o diretor do local, P edro Anísio Ferreira.

Na Escola Estadual Blanche dos Santos Pereira, no Jardim Tijuca, três – das quatro – salas que deveriam ser usadas como laboratórios estão vazias. “O de química, física, e um outro, estão sem funcionar, só a de tecnologia (informática) mesmo que está sendo usada”, afirmou uma funcionária da escola, que não terá o nome divulgado na reportagem.

A diretora do local, Maria de Fátima Mecenas, confirmou a situação, mas tentou minimizar o problema. “A SED fez uma levantamento. Admitiram que houve falhas, mas estão tentando resolver desde dezembro. Mas as salas estão sim em desuso”.

Fonte: Natalia Yahn/Correio do Estado